It's too hard to be apart
The East's not so far away
Tentando encontrar o cachorro perdido no livro, filme, na música ou na grande confusão de planos teóricos maquiavélicos
Por Michelle Robert às 18:02 1 tratados
farejar Fina Flor
Por Michelle Robert às 12:17 0 tratados
farejar instantâneos
Felicidade não toma assento. Ela nunca esteve lá. Pelo menos não a minha. E tal como a dele, antes que ache as palavras, ela já ganhou outra ambição. Aquilo que eu não posso contar ou o segredo mais profundo. Enquanto acham que encontram, eu estou perdida nela:
Por Michelle Robert às 09:08 0 tratados
farejar twilight zone
Por Michelle Robert às 12:30 0 tratados
Por Michelle Robert às 06:38 0 tratados
farejar vida menos ordinária
Por Michelle Robert às 06:17 0 tratados
farejar vida menos ordinária
Eu parei para apagar uma série de coisas no blog por que estavam com prazo de validade vencido, e como eu não encaro o blog como alguma coisa tipo "deixa aí, faz parte da minha história, para que mudar?", ia fazer 'aquela edição' (todos os blogs editam)...but i've got the spirit.
Mas vou apagar alguns posts que realmente são rebeldes à minha pessoa e não concordam com o que sinto e/ou penso hoje. Nada de motim por aqui, nem mesmo do meu passado. Ordem porra.
Por Michelle Robert às 10:53 3 tratados
Por Michelle Robert às 13:03 1 tratados
Eu saí por horas da tua casa.Te deixei mudo. Saí com a pressa do medo, pra ME avisar que eu amo. Amo de novo e de novo.
Por Michelle Robert às 01:07 0 tratados
em seu lugar.
pinguim em cima da geladeira
sereno, cumprindo a rotina
macarrão no domingo
plantão às segundas
sexo na quinta-feira
cerveja na sexta-feira
uma hora a mais de sono no sábado
algumas certezas.
Endereços escritos em agendas.
Teclas de emergência.
GPS de assuntos. GPS de pessoas e assuntos.
GPS de lembranças. Datas de validade.
Respostas embaladas a vácuo.
Uma folga.
Esquecimento compulsório.
Título aqui_______________.
Por Michelle Robert às 01:43 1 tratados
Por Michelle Robert às 01:09 2 tratados
Por Michelle Robert às 22:31 0 tratados
farejar Fina Flor, vida menos ordinária
Você trabalha todos os dias. Todos os dias você se levanta e cumpre uma rotina espartana. Acorda cedo e dorme tarde, roubando alguns minutos de lazer dos dias da semana. Você assiste uns três filmes por noite por que não consegue dormir. Havia um tempo em que isso tudo seria até mesmo impronunciável, mas você está longe de casa, você não conhece ninguém, você não tem tempo para os amigos. Você lembra com saudade, mas sem remorso, do que deixou para trás, você escreve linhas tortas com recados pequenos para seus avós, primos e irmãos, dá um telefonema mensal para os pais. Aos finais de semana você caminha sozinha, entra em algum bar toma uma cerveja, duas, três, joga uma partida de sinuca. Você tem conhecidos. Em algum lugar de algum armário na sua cidade, você escondeu algo. Você não lembra mais, esparsos são os sorrisos que lhe vem a memória, o contato já escapou no esquecimento, mas sente faltar algo. Você caminha como se tivesse esquecido a chave, e você confere o bolso: lá está ela. Nada falta.
Por Michelle Robert às 02:37 0 tratados
farejar as coisas boas
The head shrinkers
They want everything
My uncle Bill
My Belisha beacon
The head shrinkers
They want everything
My uncle Bill
Todos os risos largados na mesa de um bar com o nome obliterável, assim como quase obliterados foram todos os mínimos fatos do mesmo dia (mais cedo). E você lembra apenas aquele que quase mudara o destino das águas: por acaso o seu psiquiatra também de férias na mesma cidade que você resolvera dar um alô. Quatrocentos bares-cafés e fora ali através dem uma janela embaçada que ele vira a sua silhueta e resolvera que devia cumprir obrigações sociais para com você.
Nesse momento, disseram adeus: rivotril, citalopram, benzodiazepínicos, estabilizantes… Quando a medicina entrava no terreno do recreio ela abandonava também o controle de qualquer “cura”. Ele ali parado, bonachão e simpático, enquanto aquela inocente caneca de café nas mãos, fervendo e deixando o nós dos dedos brancos de tanto apertá-la, não fazia mais sentido e você não sabia se devia devolver os cumprimentos do seu médico ou fechar a boca…você preferiu dar mais um gole no café e chamar o garçon e iniciar mais uma jornada sem fim através dos graus etílicos mais absurdos: gim, vodka, rum…tira-gosto com Sauza, sal e limão, e para hidratar, cerveja. Daí, antes de toda essa festa-monstro, convidara o doutorzinho para um trago, algo assim, que lhe faria se sentir destituído do cargo, da vida, da profissão, da esposa, da qualidade de vida, carreira de sucesso, gazebo, etc; convidara com calma e saboreando as palavras com a sabedoria adquirida nos anos de convivência com o álcool: uma bebida pesada, doutor? Um gim puro? odeio gin-fizz, doutor, ele é o que Phill collins é para o pop, doutor: fraco, doce, comedido, medroso…doutor?
Nessa ordem, como fizera há anos atrás, anos sem que o seu médico tivesse a descabida intenção de misturar o terreno dos afetos, resultando daí a labiríntica crise de volta à bebida e às outras coisas que lhe auxiliriam continuar no dia seguinte com a jornada, uma dormida em um canto qualquer, em um quarto qualquer, os desconhecidos, as gargalhadas gratuitas, a carnéia…levantar-se (stand up!) era a duração da rotação da terra sobre si mesma, o tremor lhe fazia se arrastar para aquilo que deixasse tudo o mais próximo possível do “In Its right place”. Antes de enfrentar a total compreensão da família em adiantar os acontecidos da noite ou o dia passados longe, o que fizera…aquilo soara em ritmo, martelando, tornando a sua cabeça o último lugar habitável para qualquer pensamento coerente… Uma orquestração entre atonia e distonia, palavras e sons sincopados, suficientes para prostar um rinoceronte em fúria: toda a minha improvisação atonal.
Hes been hanging around for days.
Comes like a comet,
Suckered you but not your friends.
One day hell get to you,
Teach you how to be a holy cow.
Dont get my sympathy hanging out the 15th floor.
Youve changed the locks 3 times,
He still comes reeling through the door.
And soon hell get to you,
Teach you how to get to purest hell.
You do it to yourself you do
And thats what really hurts is
You do it to yourself just you,
You and no-one else
You do it to yourself.”
my iron lung
Por Michelle Robert às 02:38 0 tratados
farejar "fricção", humanos, patinete de inutilidade
Por Michelle Robert às 12:39 0 tratados
farejar Fina Flor, vida menos ordinária
Por Michelle Robert às 22:57 0 tratados
farejar Fear of the dark, susto
Agora você pode encostar o queixo na mão e balançar os pés; você pode se lembrar da ética das relações e você também pode lembrar que isso é uma mentira. Você pode se acostumar com o zunido de um ar condicionado, tanto quanto se acostuma com a presença de alguém ou da insistência em parecer importante enquanto fala.Você simplesmente não liga, mas abana a cabeça parecendo acompanhar. Você parece acompanhar por que a varanda à tarde existe e precisa existir para que se descanse, para que se tire um cochilo, para pensar em nada e observar os insetos.
Por Michelle Robert às 13:52 0 tratados
Você corre maratonas. Maratonas são coisas estúpidas, você pode correr para ganhar, mas 90% corre por participação. Mas corre. Inicia a corrida, já se sabe o percurso, estima-se o tempo, como idiotas. Para não chegar a lugar algum, ou melhor, a lugar algum que surpreenda.
Tem os dias em que você sai correndo… você sabe que pelo volume de desespero, e de suor: você está em uma maratona, você só não sabe onde nem quando vai chegar.
Mas tem um dia em que você começa a dizer chega para aquilo que se repete e repete, como aquela maratona que você participa todos os anos e coloca o número na blusa. Todo ano. Em algum dia você vai acordar “not in the mood” e perceber que você encara a maratona à toa. E você simplesmente desiste. Apenas veja a penúltima cena do “Revolutinary Road”. Chega de mazela.
É melhor começar a viver.
Por Michelle Robert às 09:54 0 tratados