6 de novembro de 2005

"Cocksuckers!"

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Zeca diabo, Al Swarenger, Sinhozinho Malta


Deadwood é uma cidade a oeste da legalidade e da América. Aos "pioneers" resta seguir o propósito comum ao chegar ao vilarejo: prosperar. Em uma cidade que vive apenas de comércio, mineração e dos saloons não há muito a desejar além de ouro, dinheiro e quem sabe nos momentos de lazer, uma dama ou ganhar uma partida de poker.

A cidade vai se aninhando em torno do marco que simboliza o seu fundamento: o ouro, o comércio, a prostituição. Deadwood apesar de não possuir representantes políticos ou da lei, possui o seu Sinhozinho Malta e seu Zeca Diabo. Nenhum ato ou fala será bem-intencionado ou "digno", todos os seus membros estão a serviço do que parece ser o que lhes impulsiona, o dinheiro e a manutenção do seu prestígio, não pela honra, mas pelo poder demonstrado. Esse poder é o responsável pala manutenção de um certa ordem existente na cidade. Por isso ninguém entra e ninguém sai de Deadwood sem que Al Swarenger saiba e lhe indique o que e como fazer.

É claro que existem dois chavões muito claros: a tal "sociedade digna" (Bullock, Wild Bill) que mata justificadamente; e a "sociedade imoral" que mata para dar exemplo e intimidar (sem entrar em detalhes morais que são óbvios para ainda nos ocuparmos deles). Ao final de tudo, o que se percebe é o sentido difuso da palavra "civilização" em um lugar onde a regra é a selvageria tanto da economia local quanto dos costumes. Exemplo: Se existe um só "Saloon" para servir a todos, a ele é destinado o controle do lazer e da arrecadação provinda dessa atividade, sendo que os jogos sempre serão os que melhor condizem com os planos de Al Swarenger.


As pérolas ditas por este Senhor estão à altura de um argumento bem construído, podendo até ser comparado a "Família Soprano", mesmo ainda hesitando por que caminho tomar em termos de arco narrativo.

A direção, no entanto, possui seus "senões". Opta por realizar o que facilmente pode ser consumido pelos adoradores de série: a presença de um hiper-naturalismo que fede a romance de tese (e não cinema de tese e muito menos montagem dialética, nada disso.Refiro-me tão somente ao roteiro e argumento) "isolemos essas pessoas e vejamos como nasce uma sociedade". No nível do discurso, parece ser óbvio o motivo da opção por uma minissérie "de época"; a evasão a um oeste perdido é necessária para tentar justificar e determinar padrões e fazer valer a máxima "o custo de se construir uma sociedade e mantê-la é passar pelo estágio de selvageria e evoluir ao teto da civilização". Daí a necessidade de detalhar as mazelas, a presença (é claro) de pestes e as dissecações de comportamento através da imagem e da construção de personagens, exaltando as exceções de caráter nos outros personagens. Elementos primordiais para que esta série ganhe o selo "do caralho" e tenha garantido o seu 2º ano em 2006...talvez investindo mais "na profundidade das personagens".

Em certo momento Deadwood parece a trash Asa Branca ou Sucupira, junto é claro, dos seus indefectíveis Zeca Diabo e Sinhozinho Malta.Um delírio de civilização e um sonho de legalidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Dei uma consertada no texto. O problema é esse "editor visual" do Blogger, que c*** no código de uma forma incrível. Percebi que você tentou consertar manualmente, mas é complicado.

Desabilitei o editor visual, e agora você edita só em modo texto mesmo. É simples, apenas digite normalmente, dando Enter para passar a linha. Tem o básico, negrito, itálico, links, imagens.

Não use espaços para mover texto, isso não adiante em HTML. E procure colocar títulos nos posts (o primeiro não tinha), pois assim aparece melhor na barra lateral.

Caso deseje mudar alguma coisa no layout (por exemplo, colocar colocar a primeira linha como se fosse aquele parágrafo de livro ou alinhar o texto nas duas margens) me diga. Estou meio desligado do Messenger, então mande um e-mail mesmo.

Eu já adianto que não acho muito boas essas inovações que citei acima. Texto de internet é diferente de livro. Mas você é que sabe.

Anônimo disse...

Mandei um e-mail pra você (parsifaa@hotmail.com) e ele voltou. Não sei qual é o problema no Hotmail. Vai aqui o texto:

"Não tenho gravador de DVD. O filme cabe em um CD, mas só pode ser visto no computador ou num aparelho de DVD compatível com DivX, que são bem poucos.

Posso gravar pra você, mas só no final de semana. Ligue tipo sexta-feira, ou mande um e-mail. Você poderia passar aqui em casa com um CD virgem. É rápido de gravar, e você ainda fica conhecendo a minha casa".