15 de outubro de 2006

Existencialismo, de novo!??


"you are the only person who's completely certain there's nothing here to be into
that is all that you can do
you are a past sinner, the last winner and everything we've come to
makes you you
But you cannot safely say while I will be away you will not consider sadly
how you helped me to stray
you will not reach me I am resenting a position that's past resentment now I can consider now there is this distance so "


Acordei com essa música na cabeça hoje. Finalmente silêncio pelas ruas, aquietação de ressaca, enfim parece que os romeiros se cansaram de cantar "lírio mimoso".

Outra coisa que me lembrei hoje foi do filme"Alta Fidelidade". Especificamente do personagem, o carinha confuso, aquele que tem 10 dedos e que pegar 20 coisas com as mãos e acaba ficando sem nada. Lembrei por recorrência, através do livro "Idade da razão" do Sartre. Claro que guardando os devidos tons, o herói hesitante de Hornby é muito mais leve, representa uma faceta mais divertida dessas incursões existenciais frustrantes e frustradas. O personagem que me remeteu a Hornby foi Mathieu da trilogia "Caminhos da Liberdade" (hoje em dia um título bem desgastado, podendo até ser considerado cafona), aquele que se vê tarde demais apaixonado , tão tarde a ponto de simplesmente ter sua escolha abolida pela indiferença do outro. E na trilogia, todas as situações que Mathieu se envolve expõe sua covardia diante de suas escolhas. É sempre muito tarde para se fazer algo. É o protótipo do personagem triste, aquele que paira em todas as situações, pois sempre teme sujar-se nelas.

No cinema o caráter desse tipo de personagem foi bastante explorado, talvez pelo fato de que em imagens torna-se mais forte, mais atual, encarregá-las tanto do drama quanto do patético de uma certa crise de virilidade, de confusão de masculinidade, de papéis a se representar, por exemplo aquele do homem incompreendido e inseguro que tenta recuperar o amor perdido no passado, "a garota dos sonhos", a garota perdida... de verdade, isso me diverte quando leio, quando vejo também, mas calculo que seja um formato desgastado; tudo parece sempre estar em "crise pós-moderna", tanto que parece bem mais interessante ver alguém criando galinhas e dando conta da horta do que repisar no comezinho da "crise".

Mas sendo uma desculpa para se escutar um bom som é até passável, me entedia o mais do mesmo, o mais do mesmo, o mais do mesmo....

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